Dizem por aí que a maturidade chega por volta dos 30 anos... Não aquela maturidade que te impõe desde pequena: TEM que casar, TEM que trabalhar, TEM que ser responsável, TEM que ser boa moça, TEM que ser comportada, TEM, TEM, TEM... Ninguém te diz: seja GENTIL consigo mesma, AME-se, seja LIVRE, seja ESPONTÂNEA... e por aí vai. Felizmente a maturidade chega! Uns mais cedo, outros mais tarde, talvez não chegue pra alguns. Mas pra quem a saboreia...com ela vem a alegria dos pequenos momentos, vem a aceitação de quem se é, vem leveza, a consciência do ser e do estar. É sempre assim ? Claro que não. Mas com mais jeitinho, vamos levando e buscando evoluir, sempre.
Pra se descobrir nessa nova fase, vale de tudo! Vale conversa com amigas, vale terapia, vale quebrar tabus que te assombravam, vale achar jeitinhos de se amar mais e deixar a vida mais divertida. Dentre algumas das minhas escolhas, a fotografia foi a que mais me deu medo. Medo de não aceitar aquilo que eu veria, medo de não entender o olhar alheio, medo de não me encontrar naquelas fotos. E por isso relutei em olhar as fotos durante o ensaio. Mas quando as fotos chegaram... bicho! Que fotos! Quanto de mim eu ainda não aceitava ali? Muito. Mas, há sensibilidade na captura e na intenção da Dani. Há a nobreza de te olhar com carinho e te mostrar que mesmo aquilo que por vezes não te agrada, é belo. Por fim, faria uma sessão por semana, pois mudamos constantemente e a cada dia, tenho vontade de registrar uma sensação diferente. Pois pra mim, fotos são mais do que imagens, são lembranças de momentos e sentimentos.
Natalia Passarela